1/02/2008

Lions for Lambs


Sem ser muito profundo Lions of Lambs tem, como principal mérito, mostrar uma faceta da realidade que escapa a muitos de nós.
Passado em tempo quase real, conta três histórias (aparentemente) distintas inseridas no contexto de guerra: neste caso uma missão no Afeganistão.
Na verdade, estas três histórias são peças muito importantes na engrenagem da grande máquina do poder.
Enquanto a missão se desenrola no Afeganistão, um professor de Ciência Política na Califórnia tem uma (comovente?!) conversa com um promissor aluno ao mesmo tempo que uma jornalista ouve a história da estratégia militar na versão de um senador americano.
Ensino, jornalismo e política ligam-se de uma forma muito cooperante e nem sempre clara. O jornalismo valida (ou não) a política, a economia dita as regras do jornalismo e a política pode condicionar a economia. Estão todos interligados e vivem numa relação de equilíbrio de forças e poder onde se ajudam ou derrotam de acordo com as conveniências do poder vigente (que actualmente é o económico).
E tudo começa na escola e nas universidades onde entre ideologias e o sonho de modificar o mundo se aprendem importantes lições de manipulação e eloquência. É o mesmo que dizer que na escola nos dão as armas para mudar o mundo ou contribuir para a sua (boa) evolução. Mas a vontade, muitas vezes, acaba vergada sob o peso dos poderes vigentes que mais do que pela força física se impõem pela informação filtrada que nos chega todos os dias e nos fornece aquilo a que ingenuamente chamamos realidade.

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