Ontem decidi que estava na hora de começar a ler
histórias à Lara.
Pus-me a pesquisar contos dos irmãos Grimm que ainda não conhecia, assim, divertia-se ela e eu também.
Depois de passar os olhos por alguns títulos pouco chamativos tais como: “O bando de maltrapilhos”, “A noiva do bandido”, “Pele de bicho”, “O ladrão e o seu mestre”, “O judeu no meio dos espinhos”, ”O filho ingrato”, “A velha mendiga”, “Uma porção de mentiras juntas” e outros igualmente sombrios, decidi-me por: “O pescador e a sua mulher”.
Pus-me a pesquisar contos dos irmãos Grimm que ainda não conhecia, assim, divertia-se ela e eu também.
Depois de passar os olhos por alguns títulos pouco chamativos tais como: “O bando de maltrapilhos”, “A noiva do bandido”, “Pele de bicho”, “O ladrão e o seu mestre”, “O judeu no meio dos espinhos”, ”O filho ingrato”, “A velha mendiga”, “Uma porção de mentiras juntas” e outros igualmente sombrios, decidi-me por: “O pescador e a sua mulher”.
Começa mais ou menos assim:
Era uma vez um pobre pescador e sua
mulher. Eram pobres, muito pobres. Moravam numa choupana à beira-mar, num lugar
solitário. Viviam dos poucos peixes que ele pescava. Poucos porque, de tão
pobre que era, ele não possuía um barco. Sua choupana, de pau-a-pique era
coberta com folhas de palmeira. Quando chovia, a água caía dentro da casa e os
dois tinham de ficar encolhidos, agachados, num canto.
Não tinham razões para serem felizes.
Mas, a despeito de tudo, tinham momentos de felicidade. Era quando começavam a falar sobre os seus sonhos. Algum dia ele teria sorte (…) e encontraria um tesouro – e então teriam uma casinha branca com janelas azuis, jardim na frente e galinhas no quintal.
Mas, a despeito de tudo, tinham momentos de felicidade. Era quando começavam a falar sobre os seus sonhos. Algum dia ele teria sorte (…) e encontraria um tesouro – e então teriam uma casinha branca com janelas azuis, jardim na frente e galinhas no quintal.
Não admira que metade de nós sofra com distúrbios
psicológicos. Estas histórias são uma desgraça: cheias de personagens,
inacreditavelmente pobres, azarados e miseráveis, que não conseguem mudar de
vida a não ser que encontrem um tesouro ou uma entidade mágica que lhes conceda
todos os desejos.
Estou a ver que tenho que inventar as
minhas próprias histórias.
Qualquer coisa como: “Era uma vez um pobre
pescador que vivia pobremente com a sua mulher porque não tinha um barco. O
pobre pescador emigrou com a mulher para um país onde se fabricavam belos
barcos. Então, ele aprendeu o ofício de fabricar barcos durante meia dúzia de
anos. Já mestre na construção de barcos, o pescador voltou à sua terra onde,
depois de construir um robusto barquinho, passou a pescar mais peixes e a
ganhar mais dinheiro. No Natal, ofereceu uma linda máquina de costura à sua
mulher, com a qual ela não só fez lindos vestidos para si, como também passou a
colaborar para o orçamento familiar, costurando para as pessoas da aldeia. E
assim, viveram felizes e remediados para sempre.
O que vos parece? Melhor ou quê?
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