8/04/2014

A utilidade de tirar um curso de farmácia antes de consultar um médico... da caixa


Uma pessoa vai ao médico, no centro de saúde, queixar-se de umas dores nos ossos e, de caminho, pedir uma receita de tiras reagentes para medir a glicose.
Não vou falar da efemeridade da consulta porque nem vale a pena, se queremos uma consulta médica digna desse nome há que ter um bom seguro de saúde ou pagar bem.

Adiante. Lá entreguei a maquineta que uso para medir a glicose (uma vez que nem sabia o nome das tiras, ou a marca, que para isso existem os profissionais de saúde) para que me fossem receitadas as correspondentes tiras reagentes.

Comprei as três caixas receitadas e fui de férias, descansadíssima, com o resto de uma caixa antiga que ainda tinha algumas tiras. Quando regresso verifico, com espanto, que ao introduzir a tira na máquina, aparece uma mensagem de erro. Pela primeira vez olho para a máquina com olhos de ver e para a caixa e, realmente, vejo que o nome é diferente.

"Ok, é uma chatice, vou ficar sem medir a glicose um diazito mas toda a gente se engana, certamente que resolvo a questão de uma forma rápida", pensei eu muito ingenuamente.

Ligo para o Centro de Saúde e explico a situação, certa de que, tratando-se de um engano do médico, iriam encontrar a melhor solução para o meu problema. A resposta da senhora que me atendeu foi mais ou menos isto: "Temos pena, o médico está de férias e de qualquer forma não há nada a fazer. É arranjar outra receita e comprar as certas. Mas olhe que tem que me dar o nome certo das tiras ou trazer a caixa, você é que tem que saber do que é que precisa."

E toma lá que já almoçaste! :)
Rico dinheirinho que me tiram do bolso todos os meses para usufruir deste serviço de saúde fantástico!

Se tenho um problema de saúde e preciso de medicação, o melhor é tirar um curso de medicina e de farmácia porque quem tem que perceber dos medicamentos sou eu, não o médico que, supostamente, é pago para o fazer. Ele enganou-se? Ora temos muita pena mas não há solução possível para o caso. É tentar trocar as caixas na farmácia se o farmacêutico for simpático e estiver bem disposto. A que está aberta? Ora esse dinheirito já voou. Lá está, vicissitudes da vida. Soluções, não há. Se um funcionário público se engana, fica assim mesmo.

Para a próxima tenho que fazer uma pesquisa prévia sobre a medicação de que posso vir a precisar (talvez encontre na wikipédia uma lista de medicamentos), e levar as anotações num caderno para, disfarçadamente, comparar com aquilo que o médico receita, não se vá dar o caso de ele estar distraído.

0 comentários: